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Resumos

GT – Teatro Brasileiro

 

 

A epopéia Gilgamesh por Antunes Filho

Berenice Raulino

UNESP

Palavras-chave: TEATRO BRASILEIRO, EPOPÉIA, NARRATIVA, ANTUNES FILHO, CPT 

 

A análise da montagem do épico Gilgamesh realizada em 1995 por Antunes Filho revela mais uma etapa na busca pelo autoconhecimento empreendida por um dos mais importantes expoentes da cena brasileira. A trajetória da personagem que associa história e mito tem por objetivo a conquista da imortalidade e foi adaptada ao teatro pelo próprio diretor. Figuras míticas colocadas em grandiosas caixas de vidro e em carros que deslizam pela cena se contrapõem à vulnerabilidade dos atores no palco. O espaço atemporal remete o espectador à ancestralidade do ser humano, o que é destacado pela abstração que preside a cena.

 





Teatro pelos Ares: o Rádio-Teatro nas Primeiras Décadas do Século XX

Christina Barros Riego

Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas - USP

Palavras-chave: Rádio-teatro Periódicos Modernismo


Com a urbanização das cidades e o progresso industrial, a radiofonia passou a ser considerada como principal meio de comunicação nas primeiras décadas do século XX. O texto literário, principalmente o teatral, passou a ser considerado como importante fonte para o preenchimento das programações. A regulamentação da publicidade paga e o aumento da audiência permitiram um maior investimento nas irradiações de peças, que aos poucos ganharam força e especificidades de produção dramatúrgica e de representação. Ao longo da década de 30, diversas iniciativas permitiram a expansão do rádio-teatro, registrada nas páginas das revistas da época. Após um período de desenvolvimento, o rádio-teatro consolida-se na década de 40 como um gênero independente, conquistando formas e características próprias.





Theatros e Salões: a crítica teatral do Jornal do Brasil de 1891 a 1982

Christine Junqueira Leite de Medeiros

Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

Palavras-chave: crítico teatral, crítica teatral jornalística, jornalismo cultural


O Jornal do Brasil, fundado em 1891, começou a noticiar os eventos teatrais da cidade do Rio de Janeiro ao criar a coluna Theatros e Salões, assinada inicialmente por Alfredo Camarate. Em 1903, a seção mereceu atenção especial ao serem nela publicadas as primeiras fotografias do jornal: atores de teatro. Deve-se ressaltar que dentre os aspectos mais significativos da coluna teatral do JB, renomeada diversas vezes ao longo de sua existência, figura o testemunho ocular da efêmera e transitória arte do palco, registrado por seus críticos, e que hoje serve como importante subsídio para a pesquisa da história do teatro.






Produção teatral: da prática à teoria

Deolinda Catarina França de Vilhena

Escola de Comunicações e Artes da USP

Palavras-chave: produção teatral leis de incentivo políticas públicas


O objetivo desta comunicação é apresentar a pesquisa que ora desenvolvemos no Departamento de Artes Cênicas da ECA/USP. O objeto do estudo proposto é a concepção e a sistematização de uma nova disciplina, Produção Teatral, cuja designação tem em vista, abranger, no sentido amplo do espetáculo, as suas vertentes técnica, de organização e de gestão. No momento em que a ABRACE sinaliza com o tema “Criação e Reflexão Crítica” impossível não questionar os motivos pelos quais no lugar em que se pensa o fazer teatral não se compreendeu, ainda, que a tentativa de explicação para os problemas do teatro feito hoje não está apenas no debate estético, mas também nas condições de produção.






UMA SOCIEDADE EM ÊXTASE E UMA CRÍTICA ESPECIALIZADA EM DISCUSSÃO: A INAUGURAÇÃO DO PRIMEIRO TEATRO-LABORATÓRIO DO BRASIL.

Diego Molina Mendes

UNIRIO

Palavras-chave: Paschoal Carlos Magno Teatro Duse Mode

 

Paschoal Carlos Magno foi sempre uma figura de realizações controversas no teatro brasileiro. Diplomata de carreira e vereador, o animador cultural possuía enorme prestígio na época em que seu Teatro Duse foi inaugurado, em 1952. Tratava-se de um espaço para formação de novos artistas e técnicos para o mercado teatral. A imprensa, em êxtase, aplaudiu de pé o novo acontecimento sócio-cultural, considerado um dos mais importantes do ano, tanto pelo glamour da noite de estréia, quanto pelo que o teatro representaria às artes cênicas nacional. Os espetáculos que ali estrearam, no entanto, tiveram recepções variadas, e a crítica, se não foi totalmente arrebatada artisticamente, por outro lado travou uma rica discussão sobre formas de avaliação do artista em início de carreira.




Há Muitos Objetos Num Só Objeto

EDELCIO MOSTAÇO

UDESC

Palavras-chave: Oficina Neo-concretismo


Hélio Oiticica O Teatro Oficina desenvolveu vários princípios ligados ao neo-concretismo, a partir do projeto construtivo elaborado por Hélio Oiticica. Um traço altamente simbólico dessa relação é o uso de um bastão, a partir do espetáculo Gracias,Señor (1972), através do qual a participação do espectador vai tornar-se parte integrante da obra artística. Esse bastão vai retornar em diversas outras realizações, especialmente associado à cena do Carnaval do Povo, nascida a partir da montagem de Galileu, Galilei (1968), encontrando sua culminância nas mão do Antônio Conselheiro interpretado por José Celso Martinez Corrêa em Os Sertõe, de Euclides da Cunha(2001-2007).







Pré-história do Teatro de Revista em São Paulo

Elizabeth Ribeiro Azevedo

Escola de Comunicações e Artes da USP

Palavras-chave: Teatro de revista São Paulo Arlindo Leal


O texto aborda o que chamou de “pré-história” do teatro de revista em São Paulo, isto é, as tentativas de se criar um texto de revista local a partir da década de 1880 até a data de 1899, quando Arlindo Leal escreve O Boato, aquela que é considerada a primeira revista do teatro paulistano. Faz menção ainda às questões da estrutura dramática do gênero e às ligações entre a afirmação da revista, o crescimento de São Paulo e o surgimento de uma importante companhia de teatro na cidade.






Críticas teatrais de Romeu e Julieta - Dos burburinhos de uma nacionalidade universalizada aos aplausos de concessão aos amadores

Fabiana Siqueira Fontana

Programa de Pós-Graduação em Teatro - Unirio

Palavras-chave: Moderno teatro amador Paschoal Carlos Magno


Este trabalho visa o estudo do espetáculo "Romeu e Julieta" que marca o início das atividades artísticas do Teatro do Estudante do Brasil (TEB). Este grupo de teatro amador, fundado por Paschoal Carlos Magno em 1938, insere um novo estatuto para o ator, e está na base das discussões sobre a instauração do moderno no nosso teatro. A implantação do teatro universitário no Brasil, e a montagem de um texto canônico, representante da tradição ocidental (a tragédia de Skhakespeare), são o suporte para a glorificação do TEB pela crítica teatral. Através da análise da opinião especializada que trata deste espetáculo, este trabalho pretende verificar como que a imprensa edifica o TEB louvando-o como uma “obra patriótica” voltada para a elevação da cultura nacional..






Visões críticas sobre o teatro de Machado de Assis

Gabriela Maria Lisboa Pinheiro

Universidade de São Paulo

Palavras-chave: Machado de Assis crítica teatral


O trabalho a ser apresentado faz parte da dissertação de mestrado que estuda as obras teatrais de Machado de Assis. Faz parte deste estudo, além da análise de quatro peças do autor, a observação da relação entre a crítica especializada e a obra teatral de Machado de Assis, e é este aspecto que será abordado e discutido neste trabalho. Faremos também uma breve análise de seus textos teatrais dentro do contexto histórico em que foram produzidos. São utilizadas como fonte de pesquisa importantes obras críticas referentes a Machado de Assis, além de obras que tratam da historiografia do .





ALFREDO MESQUITA E A RENOVAÇÃO DO TEATRO PAULISTA (1930- 1964)

HELOÍSA HIRAI HECKER UNESO/ IA

Palavras-chave: TEATRO ALFREDO MESQUITA HISTÓRIA


Alfredo Mesquita iniciou seu trabalho de renovação teatral paulista com O Grupo de Teatro Experimental de Teatro-GTE. Seguiram-se empreendimentos como a livraria Jaraguá, encontro de artistas e intelectuais da época e a fundação de sua Escola de Arte Dramática-EAD, Em São Paulo. Essa investigação centra-se na trajetória e produção teatral de Alfredo Mesquita. Ele aspirava renovar a cultura teatral paulista e conseqüentemente brasileira, tendo como proposta “renovar sem abandonar as tradições teatrais”. Pretende-se recuperar a “pré-trajetória”, identificando seus momentos de ruptura com o passado do , além de tecer laços de relacionamento entre a figura de seu animador, Alfredo Mesquita, e as aspirações de toda uma geração. A pesquisa baseia-se em seu arquivo particular.





A criação dramática a partir das lutas de concorrência no campo teatral - Considerações sobre o projeto estético de Nelson Rodrigues

Henrique Buarque de Gusmão

Universidade Federal do Rio de Janeiro

Palavras-chave: Nelson Rodrigues desumanização purificação


Proponho uma leitura sócio-histórica da dramaturgia de Nelson Rodrigues, de forma a entender a lógica da produção e consumo de seus textos dramáticos dentro das lutas que marcam o campo teatral brasileiro da segunda metade do século XX. A partir de suas constantes denúncias do processo de desumanização em curso e de seu entendimento da natureza humana, cria-se um projeto estético que busca re-humanizar e purificar o público através da criação de situações trágicas que evidenciam um lado humano repleto de ferocidades. Este projeto entra em disputa direta com modelos brechtianos e com diversos nomes que se fortaleciam no campo teatral, gerando lutas de concorrência, apropriações e alianças próprias à lógica de funcionamento dos campos culturais.






Reflexão crítica sobre a cena em processo: “Novíssimas Pesquisas Cênicas” – estudo de caso

Inês Cardoso Martins Moreira

UNIRIO / FAPERJ

Palavras-chave: Crítica Pesquisa Cena


Reflexão crítica sobre a cena em processo: “Novíssimas Pesquisas Cênicas” – estudo de caso Inês Cardoso Martins Moreira (Doutora) UNIRIO / Faperj PDR GT Crítica – Pesquisa - Cena Durante o mês de maio de 2007 e 2008, participei como debatedora do projeto “Novíssimas Pesquisas Cênicas”, idealizado por Ana Kfouri, cuja proposta é dar oportunidade a grupos de teatro de mostrar seus trabalhos, em fase de criação, concorrer a uma temporada de um mês no Sesc Tijuca e conversar sobre suas pesquisas durante os debates que se seguem às apresentações de sábado. Tendo em mente os temas do ABRACE, escolhi tratar deste projeto que une “Criação” (mostra de trabalhos em fase de ensaios) e “Reflexão Crítica” (debates pós-apresentações).




Klauss Vianna, do coreógrafo ao diretor de movimento. Historiografia da preparacão corporal no .

Joana Ribeiro da Silva Tavares

UNIRIO

Klauss Vianna

Palavras-chave: Preparacão corporal


Esta pesquisa buscou historiografar a trajetória do coreógrafo Klauss Vianna (1928-1992) no , no qual sua intervenção pode ser detectada ao longo de mais de duas décadas (1967-1988). O levantamento de sua obra teatral identificou trinta e duas montagens, das quais vinte e quatro encenadas no Rio de Janeiro (1967-1979). A reconstituição e análise desta fase carioca revelou a própria genealogia da função de “preparador corporal”, definida progressivamente na variedade de termos assinados por Klauss Vianna. A desconstrução da função do “coreógrafo”, originária da dança e o legado maior de Klauss Vianna ao teatro moderno brasileiro – a “preparação corporal do ator” constitui o objetivo principal desta comunicação.




Considerações sobre Qorpo Santo-Lanterna de Fogo

João André Brito Garboggini

Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)

Demonstração Prática

Palavras-chave: Dramaturgia Audiovisual Qorpo Santo

 

Apresentação de um audiovisual realizado a partir de textos e imagens, com o objetivo de reescrever uma dramaturgia de Qorpo Santo, pseudônimo de José Joaquim de Campos Leão (1829 – 1883). A dramaturgia sobre Qorpo Santo consistiu numa colagem de citações com a intenção de organizar elementos para construir uma “biografia falsa” do autor. As referências selecionadas para este trabalho incluem as peças teatrais de Qorpo Santo, alguns textos jornalísticos, imagens de Oswaldo Goeldi, James Ensor, Edvard Munch, caricaturas e fotografias de Qorpo Santo, instantâneos de Porto Alegre, além de outras fontes imagéticas que pudessem compor o audiovisual apresentado. Equipamento necessário: DVD e tela para projeção audiovisual




Machado de Assis: o teatro nas crônicas d'A Semana

João Roberto Gomes de Faria

Universidade de São Paulo

Machado de Assis

Palavras-chave: crítica teatral


Como cronista da "Gazeta de Notícias", Machado de Assis escreveu 248 textos, entre 1892 e 1897, sob o título "A Semana". É o seu mais representativo conjunto de crônicas, nas quais aborda a vida social, política e cultural do país, especialmente do Rio de Janeiro. Seus comentários sobre o teatro são o objeto de análise do presente estudo. O autor invariavelmente compara o do seu tempo de juventude com o da última década do século XIX, comenta a presença estrangeira no palco nacional, com destaque para a atriz francesa Sarah Bernhardt, e revela a importância do teatro em sua formação cultural.




Simplicidade e graça em "O Oráculo"

Larissa de Oliveira Neves

Unicamp

Palavras-chave: comédia Artur Azevedo O Oráculo


O presente artigo analisa a comédia em um ato "O Oráculo", de Artur Azevedo. Além de comparar a peça com o conto do próprio autor que lhe deu origem ("Sabina"), o estudo visa a ressaltar as qualidades da comédia, como o enredo bem estruturado, o diálogo com a tradição do teatro cômico ocidental, a caracterização dos tipos, o trabalho com a linguagem irônica e a crítica social. Apresentamos, também, as condições em que se deram as primeiras representações da comédia, no ano de 1907. Essa pequena peça revela o talento de Artur Azevedo em tirar proveito máximo de aspectos da sociedade capazes de levar o espectador ao riso e sua maestria em transferir para a linguagem cênica o Brasil em que viveu.




A Mulata e o Malandro: a caracterização do personagem-tipo na música do Teatro de Revista brasileiro, entre as décadas de 1880 e 1930

Leonardo de Mesquita Taveira

UNIRIO

Palavras-chave: Teatro de Revista Música Personagem-tipo


Com foco na música do Teatro de Revista brasileiro e pela análise de partituras, pretendemos estudar a caracterização musical e vocal de dois tipos notáveis do teatro musical brasileiro: a Mulata e o Malandro. Apresentamos as diretrizes da pesquisa, sua metodologia e algumas de suas premissas. E trabalhando com a música de compositores como Henrique A. de Mesquita, Abdon Milanez, Assis Pacheco, Costa Jr., Nicolino Milano, Sofonias Dornelas, Luís Moreira, Paulino Sacramento e Marcello Tupynambá, entre outros, tentamos verificar a hipótese de que, assim como há uma caracterização dramática para esses tipos, poderá existir um padrão na caracterização musical e vocal.




Quem Tem Medo de Itália Fausta? e o começo do Teatro Besteirol

Luís Francisco Wasilewski

USP

Palavras-chave: Teatro Besteirol Miguel Magno Ricardo de Almeida


Artigo que estuda o espetáculo paulista Quem tem medo de Itália Fausta?, de Miguel Magno e Ricardo de Almeida, considerado por uma parcela significativa da crítica teatral, como precursor do movimento conhecido por ‘Teatro Besteirol’. Através de entrevistas sistemáticas com o autor/ator Miguel Magno, estudo da recepção da peça pela crítica teatral jornalística e análise do texto dramatúrgico à luz das teorias sob comédia e paródia, descrevo a gênese do espetáculo Quem tem medo de Itália Fausta? e sua trajetória de sucesso com a dupla Miguel Magno e Ricardo de Almeida. Estudar essa obra significa revisitar um período importante da cena teatral brasileira, na década de 80 do século XX e que deixou um legado para trabalhos importantes do contemporâneo.




O teatro em São Paulo no início do século XX: A Companhia Arruda

Maira Mariano

Universidade de São Paulo

Palavras-chave: teatro de revista teatro em São Paulo


Os críticos teatrais consideravam que o do início do século XX vivia uma fase de decadência. Alguns mais pessimistas propagavam que ele ainda nem existia. No entanto, não é possível desconsiderar as manifestações artísticas ocorridas nesse momento. Entre essas destacamos o sucesso conquistado pela Companhia Arruda perante o público e, por vezes, perante a crítica. Fundada em 1916 por Sebastião Arruda e Abílio de Menezes, a Companhia privilegiou a dramaturgia nacional, como a do revisteiro Danton Vampré, e impulsionou o movimento naciona




A literatura em cena: uma tradição no teatro brasileiro

Maria Helena Vicente Werneck

UNIRIO

Palavras-chave: teatro literatura novas textualidades


A comunicação reflete sobre a formação da tradição de processamento cênico-dramatúrgico de textos da literatura no , tomando como marco o espetáculo Macunaíma, dirigido por Antunes Filho há trinta anos. Analisa de que modo o conceito de instabilidade do texto, resultante do pensamento e da criação teatral de Artaud, Craig e Meyerhold, encontra novos parâmetros quando o texto da literatura narrativa substitui a literatura dramática. O texto fora do centro torna-se fonte, estoque, acervo, para operações de afirmação de poéticas, de experimentações espaciais que incluem intensa proliferação de imagens, ou de produção de canais corporais de palavras sonoras, quando se disseminam novas formas antidramáticas do dizer em cena.




Chuvisco, a paródia: o ato criativo continente e a crítica (enviesada) nele contida – apontamentos

Marta Metzler Pereira

UNIRIO

Palavras-chave: Alda Garrido paródia Chuva - Dulcina de Morais


Em 1957, Alda Garrido, estrela do teatro cômico brasileiro, estréia no Rio de Janeiro "Chuvisco", espetáculo-paródia da peça "Chuva", maior sucesso da carreira da atriz Dulcina de Morais. No âmbito da proposição temática do V Congresso da ABRACE – a relação entre “Criação e Reflexão Crítica” em Artes Cênicas – esta comunicação apresenta breves considerações acerca desta paródia, que, como gênero, possui a interessante peculiaridade de incluir a crítica no próprio ato artístico. O estudo é parte do projeto "Alda Garrido: a história artística de uma atriz característica", desenvolvido pela autora no curso de Doutorado em Teatro da UNIRIO, em andamento.




Ato único: as peças curtas de Artur Azevedo

Orna Messer Levin

Unicamp

Artur Azevedo

Palavras-chave: Dramaturgia Brasileira Século XIX


Este trabalho se detém em três peças curtas de Artur Azevedo (Amor por Anexins, Uma véspera de Reis, O Liberato) para discutir as características estruturais da dramaturgia em um ato e estudá-la a partir do contexto de sua criação e representação primeira. O trabalho procura também analisar aspectos da linguagem teatral do escritor a partir de conceitos da pragmática do discurso, buscando os sentidos que a reprodução de discursos sociais confere ao texto teatral.




O diabo louro, o corpo iletrado – a historiografia em uma alquimia arbitrária: o teatro e as damas do Alcazar Lyrique

Tania Brandão da Silva

UNIRIO

Historiografia e História do Espetáculo

Alcazar Lyrique

Palavras-chave: Teatro musical brasileiro


Uma nova área da Historiografia, a História do Teatro apresenta um perfil diferencial de extrema importância, a sua definição primeira como história do espetáculo. Ao escapar à tradição da história da literatura e dos temas derivados da teoria literária, revela-se uma ousadia – impõe redefinir o conceito de fonte, a metodologia do historiador e pode até mesmo impor a revisão da Historiografia e da História do Teatro canônicas, situação em que o estudo do Alcazar Lyrique (1859-1880) é fundamental. Ele representa a possibilidade de uma nova abordagem para a análise do então emergente teatro musical brasileiro .




TEATRO CULTURAL: O ELO PERDIDO NO DEBATE ARTÍSTICO-REVOLUCIONÁRIO

Tristan David Castro Pozo Castro

Universidade Federal de Ouro Preto

Palavras-chave: teatro político cultura de resistência teatro do oprimido


Nessa comunicação, apresenta-se o conceito de teatro-cultural, surgido na década de 1960, o conceito polemiza o papel do artista e sua práxis artístico-revolucionária. Nesse período, a situação socio-política acende o debate sobre a validade dos projetos de intervenção-cultural. A polêmica em torno do conceito de teatro-cultural fundamenta o surgimento da metodologia do Teatro do Oprimido.




Variação de um Teatro Comunitário no entorno da Unicamp

Valmir Jesus dos Santos

Universidade de São Paulo

Palavras-chave: teatro brasileiro, grupos, teatro comunitário

 

A comunicação intenta apontar viés de um Teatro Comunitário no entorno da Unicamp, em Campinas. No distrito de Barão Geraldo, o bairro de Vila Santa Izabel é território de grupos - onze em 2007 - que adaptam suas sedes para apresentações. Ao focar a trajetória de três coletivos, Lume, Boa Companhia e Barracão Teatro, a pesquisa disserta sobre especificidades nos modos de criação e de produção. Isso implica a recepção de espetáculos calcados na arte de ator num vilarejo de reminiscências rurais e carente de equipamentos de cultura. Predominam espectadores vinculados à universidade (estudantes, professores e funcionários). Sondamos como se dá a relação com a comunidade, apesar da natureza ensimesmada das equipes nos aperfeiçoamentos técnico e teórico.


 

C U O R E